Conhecimento Físico | A ÁGUA
A água na fase terrestre do seu ciclo circula sob a forma de águas superficiais e subterrâneas. A bacia hidrográfica constitui a área terrestre a partir da qual as águas fluem para o mar, sendo por isso a unidade do território onde é possível assegurar a sua gestão sustentável.
O município de Loures integra a bacia hidrográfica do rio Trancão, pequena subbacia do rio Tejo caracterizada pela ocorrência de cheias de grande intensidade, com exceção do território a norte de Sacavém, que desagua diretamente no estuário do Tejo.
Hidrografia
O rio Trancão é constituído por inúmeros afluentes, salientando-se o rio de Loures, de desenvolvimento transversal de poente para nascente, mas também as ribeiras das Romeiras, do Boição e o rio Pequeno a norte, e as ribeiras do Mocho e o do Prior Velho a Sul. Os principais afluentes do rio de Loures são a ribeira de Pinheiro de Loures, a ribeira da Póvoa, o rio de Lousa e a ribeira de Fanhões.
A rede hidrográfica apresenta duas características distintas: os troços iniciais de acentuado declive e que desenvolvem elevada capacidade erosiva e os troços finais que confluem na planície aluvionar da Várzea e por último no estuário do Tejo. Esta diferença associada à irregularidade da distribuição da chuva confere à hidrografia o regime torrencial, traduzindo-se na ocorrência de cheias de caracter intenso e repentino na várzea e aglomerados urbanos confinantes, agravada por vezes pela conjugação da influência das marés do estuário.
Áreas Estratégicas de Proteção e Recarga de Aquíferos
A gestão sustentável da água em termos de qualidade e de quantidade requer também a proteção das áreas que apresentam condições favoráveis à infiltração e recarga dos aquíferos. Estas áreas, pontualmente exploradas para usos particulares no abastecimento doméstico e na atividade agrícola, revelam-se estratégicas na prevenção e redução de situações de cheia e seca, assim como na obtenção de uma reserva de água em condições de qualidade.
No concelho de Loures, as áreas preferenciais de infiltração estão principalmente associadas à formação carbonatada do Cretácico associada ao Complexo Vulcânico de Lisboa que se desenvolve na zona envolvente a Montachique e Montemor, e às formações carbonatadas do Jurássico Superior quando associadas a sistemas de falhas, em Bucelas e Freixial.
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