A escritura marca o início de um projeto que nasce da vontade das freguesias de Lousa, em Loures, e da Venda do Pinheiro e Santo Estêvão das Galés, em Mafra, em fazer daquela região a capital do queijo fresco. Com o objetivo de promover, divulgar e dar visibilidade ao queijo fresco, como parte integrante do património gastronómico da região saloia, a Confraria pretende criar uma marca naquela que é a uma das zonas do país com melhor produção de queijo fresco. A apresentação de candidaturas a fundos comunitários constitui, também, umas das metas desta confraria.

“Podemos dizer, sem receios, que este é um momento histórico e de enorme relevância para a nossa região, que se traduz em benefício para os dois municípios”. Foi desta forma que o presidente da Câmara Municipal de Loures registou este momento de grande relevância para a região saloia: “É uma atividade económica de enorme importância, que cria valor e emprego”, afirmou Bernardino Soares, realçando a capacidade de inovação daquele que é “um produto com fortes tradições locais e que corresponde a uma nova forma de viver a vida, com melhor saúde”. O autarca fez ainda referência ao projeto A2S, “que congrega um esforço de redução da desertificação rural e traz muitos benefícios para as empresas locais”.

Hélder Silva, presidente da Câmara Municipal de Mafra, começou por cumprimentar todos os queijeiros presentes, “pois vocês são a razão de estarmos aqui hoje”, enaltecendo a cultura saloia e a importância da ruralidade. O autarca destacou a importância do volume de negócios, desejando que “esta confraria seja uma forma de valorização e promoção do vasto esforço dos produtores locais”.

A intervenção de Nélson Batista, presidente da Junta de Freguesia de Lousa, ficou pautada pela esperança de que “este projeto seja o início de uma marca de sucesso, com visibilidade para o queijo fresco”, e que permita criar sinergias com outras confrarias.

“Esperemos que esta confraria constitua uma forma de identidade saloia representativa da nossa ruralidade”, afirmou o presidente da Junta de Freguesia da Venda do Pinheiro e Santo Estêvão das Galés, Jorge Lourenço.

A Associação para o Desenvolvimento Sustentável da Região Saloia – A2S –, que apoiou ativamente a constituição desta Confraria, envolvendo, para além de Loures e Mafra, o Município de Sintra, fez-se representar pela coordenadora da equipa técnica, Márcia Mendes, que partilhou “a história de um povo com tradições, num projeto que contribui para a diversidade económica e para o seu desenvolvimento local”. A coordenadora reforçou a ideia da criação de uma marca, onde se possa conceber e dinamizar parcerias entre gastronomia, arte e património.

A sede da confraria ficará localizada no antigo edifício do jardim de infância de Montemuro, em Mafra, e integrará produtores de ambas as freguesias.

Presentes nesta cerimónia estiveram, igualmente, os vereadores António Pombinho, Fernando Costa e Nuno Botelho, bem como o vice-presidente Joaquim Sardinha e a vereadora Aldevina Rodrigues, da Câmara Municipal de Mafra, produtores locais e outras entidades.