Membro da Rede Territorial Portuguesa das Cidades Educadoras desde 1997, o Município de Loures acolheu, pela primeira vez, no seu território, um encontro da Rede.

“É com enorme satisfação que vos recebemos em Loures”, começou por dizer a vereadora com o pelouro da Educação da Câmara Municipal de Loures, dirigindo-se aos membros da Rede.

“Sabemos que estas reuniões são muito importantes para todos, porque a partilha de conhecimentos e de práticas do que de bem se faz nos concelhos parceiros desta Rede permitem a cada um de nós fazer melhor o que nos propomos”, salientou Maria Eugénia Coelho.

A autarca destacou a importância desta área no concelho de Loures, “onde privilegiamos e entendemos a Educação como um processo vinculativo, que implica toda a nossa vivência quotidiana. Tenho a certeza que, a partir de hoje, Loures será também a vossa casa”.

Conferência A educação, a cidade e a escola

Do encontro fez ainda parte a conferência A educação, a cidade e a escola. Antes de ter início, a vereadora Maria Eugénia Coelho, em representação do presidente da Autarquia de Loures, Bernardino Soares, proferiu algumas palavras, começando por fazer uma breve apresentação do concelho, desde a sua geografia, passando pela atividade económica, até à diversidade cultural, características que fazem de Loures “um concelho melhor e mais rico, onde as pessoas são a nossa marca. É para nós um desafio diário”.

Segundo a vereadora da Educação, “a criação de um Município educador, com total respeito pelas comunidades educativas, que potencie algumas das suas vivências e apoie os seus projetos, irá permitir desenvolver algumas áreas que nos parecem cruciais para que haja harmonia e desenvolvimento dentro dos vários territórios que compõem o nosso concelho”.

“Desta forma, a educação pela arte é, para nós, um dos principais motivos pelo qual trabalhamos.”, relevou Maria Eugénia Coelho, defendendo que “a arte é a manifestação daquilo que o homem tem no seu interior e é através das emoções que desenvolvemos a nossa personalidade e a nossa participação cívica. Por isso, apoiaremos, sempre que possível, a criatividade, a arte e a aprendizagem através das emoções”.

“Neste momento estamos muito focados no que diz respeito às pessoas mais velhas, pois consideramos que são parceiros fundamentais, não só no desenvolvimento da cidade, mas também na partilha das suas experiências de vida”, destacou a autarca, referindo-se à importância que a universidade sénior tem assumido no Município, como espaço de partilha de saberes.

A vereadora da Câmara de Loures concluiu a sua intervenção reiterando o objetivo principal da Rede das Cidades Educadoras, que se centra não só na partilha, mas também “na criação do senso comum para que a participação dos municípios seja fundamental no desenvolvimento de cidades educativas”.

Orientada por João Barroso, professor e antigo vice-reitor da Universidade de Lisboa, a conferência A educação, a cidade e a escola teve como ponto de partida a apresentação do estudo sobre as experiências incluídas nos boletins 29,30, 31, 32 e 33 (2016 a 2018), que abrangem 57 municípios e 216 projetos. O segundo ponto apresentado debruçou-se sobre a dinâmica educativa da cidade: A educação na cidade; A educação da cidade e A educação pela cidade.  João Barroso concluiu a sua intervenção, mencionando que “as cidades não poderão ser educativas, se não forem educadas”.

O Encontro Nacional da Rede Territorial Portuguesa das Cidades Educadoras foi ainda dinamizado pela atuação do Conservatório D’Artes de Loures, com o projeto de Percussão Corporal, acompanhado de um almoço na Quinta da Murta, em Bucelas, e de uma visita à Galeria de Arte Pública, na Quinta do Mocho, em Sacavém.

Presente neste encontro esteve também a presidente da Junta de Freguesia de Loures, Orlanda Rodrigues.

Ainda integrado no Encontro Nacional das Cidades Educadoras, realizou-se, no dia 28 de junho, no Museu de Cerâmica de Sacavém, o concerto de apresentação da Camerata de Loures, da Orquestra Geração, que deu as boas-vindas aos participantes.