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Comemorações de Abril em Loures

Apresentação do livro As mulheres da clandestinidade

23.04.2018

Vanessa de Almeida, licenciada em História e mestre em Antropologia, na área de especialização em Direitos Humanos e Movimentos Sociais, apresentou, em Loures, o seu livro As mulheres da clandestinidade.

  • Apresentação do livro As mulheres da clandestinidade
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“Tentei compreender como é que as mulheres decidiram passar à clandestinidade, em particular as do PCP que passaram por uma tripla invisibilidade: de género, de resistência e por serem comunistas”, afirmou a autora da obra que presta um tributo à luta dessas mulheres, revelada com abnegação e coragem.

“Homenagear as mulheres, que pela sua condição tiveram maiores dificuldades, é um dever de consciência. Temos procurado recolher testemunhos que preservem a memória coletiva de quem lutou pela Liberdade até à mudança do regime”, enalteceu o vice-presidente da Câmara Municipal de Loures, Paulo Piteira.

A iniciativa, integrada nas comemorações do 25 de Abril, contou ainda com a presença da antiga tipógrafa, Faustina Barradas, que testemunha, entre outras, o sacrifício pessoal de abandonar a casa, família, terra, e até o nome para combater o fascismo. Com 16 anos, entrou para a clandestinidade, período em que “fomos atores, encarnando outra personagem, embora incentivados a ler e a estudar”, mas desde muito cedo apercebeu-se do que se passava no país. “A minha casa devia ser caso raro porque a minha mãe, analfabeta, é que era a política e distribuía papéis informativos durante a madrugada”, afirmou. A aprendizagem de Faustina Barradas passou pela tipografia do jornal Avante, onde “a composição dos documentos era feita de noite e a impressão era feita durante o dia por causa do barulho”.

Na sessão, que decorreu na Biblioteca Municipal José Saramago, no dia 20, também esteve António Mota Redol, da Associação Promotora do Museu do Neorrealismo, empenhado em que “a memória do 25 de Abril perdure”.

 


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