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Mobilidade

Loures terá metro ligeiro de superfície em 2025

05.07.2021

Foi hoje assinado o protocolo que permitirá a criação de uma linha de metro ligeiro de superfície no concelho de Loures. As obras avançam em 2023, com a previsão de estarem concluídas no final de 2025.

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A assinatura do protocolo de cooperação para o desenvolvimento de uma rede de Transporte Coletivo em Sítio Próprio (TCSP), em modo de Metro Ligeiro de Superfície (MLS), que ligará os concelhos de Loures e Odivelas, decorreu esta manhã, no Parque Adão Barata, em Loures, e contou com a presença do primeiro-ministro, António Costa. 

 

“Não escondo a emoção de ver finalmente encarrilado o projeto do metro ligeiro até Loures. Esta é uma ambição de há muitas décadas e uma vontade pela qual muitos se bateram. A política requer muita persistência”, frisou.

 

"Este projeto é uma marca muito importante do que significa o Plano de Recuperação e Resiliência” (PRR). “Não se trata só de recuperar o que perdemos nos últimos dois anos. É construir o futuro. Fazer aquilo que faltava fazer e o que noutras condições dificilmente teríamos capacidade para fazer”, notou o chefe do Governo.

 

António Costa adiantou que “a nossa ambição tem de ser de como transformar esta nova linha num fator de desenvolvimento acrescido dos concelhos de Odivelas e de Loures. São dois concelhos com enorme potencial de investimento, de criação de emprego e de fixação de população”.

 

“Os próximos anos serão muito exigentes, mas também aliciantes na oportunidade de concretizar sonhos antigos e até agora não realizados. E há aqui algo que é decisivo: o PRR dá-nos a todos uma enorme responsabilidade. Temos três anos para assumir compromissos e mais três para os executar. Aqui não pode haver atrasos. Aqui não pode haver mais passos atrás”, declarou o primeiro-ministro.

 

“Dia histórico para o concelho”

 

Já Bernardino Soares afirmou que “este é um dia histórico para este concelho” e que estamos perante “uma enorme conquista da população de Loures”.

 

“Depois de anos de anúncios ou promessas e sem qualquer desenvolvimento ou concretização, valorizamos muito o compromisso assumido hoje pelo Governo que, estamos certos, desta vez vai mesmo ser cumprido”, destacou o presidente da Câmara Municipal de Loures.

 

“Lutámos muito por este objetivo. No mandato anterior retomámos o tema do metro para Loures e para Sacavém, que estava há anos abandonado no Município. Muitos consideravam este objetivo impossível de alcançar, outros desvalorizavam as nossas iniciativas na convicção de que o assunto estava encerrado”, notou.

 

“Mas nunca desistimos. Percebemos que só com um forte envolvimento da população, das entidades, das instituições, das forças políticas do concelho de Loures, iríamos ter mais força nesta reivindicação. Neste processo não nos limitámos a reivindicar. Fomos capazes de trabalhar para encontrar soluções possíveis e eficazes e para construir consensos. Comparticipámos financeiramente os trabalhos de execução dos projetos e aceitámos a tipologia do metro ligeiro de superfície”, garantiu o autarca de Loures.

 

“Mas a decisão final foi do Governo. Uma decisão que saudamos vivamente, comprometendo-se com o andamento deste projeto, inscrevendo-o no Plano de Recuperação e Resiliência, o que lhe traz, não só o financiamento, mas também um cronograma de execução que, sendo exigente, é também uma garantia de concretização”, frisou.

 

Fator de desenvolvimento

 

Bernardino Soares observou que “a solução encontrada é uma boa solução” e que “este transporte será uma resposta eficaz no único concelho vizinho da capital que não dispunha de um transporte ferro-carril com eficácia”.

 

“Sem esta resposta” – acrescentou – “não seria possível resolver satisfatoriamente o défice de transporte público no concelho. E com o metro, a nova rede de transporte rodoviário, já adjudicada, e o passe único metropolitano, tudo ganha uma nova dimensão, numa verdadeira revolução na mobilidade do concelho de Loures e da área metropolitana”.

 

“O metro permitirá deslocações rápidas e confortáveis. Terá um efeito enorme na redução de trânsito de viaturas privadas de e para Lisboa, quer do concelho de Loures, quer de Mafra ou do oeste. Será uma melhor ligação para o Hospital Beatriz Ângelo e para entre os concelhos de Loures e Odivelas”, referiu o presidente da Câmara de Loures.

 

“O metro será um fator de desenvolvimento e de apoio à atividade económica, no Planalto da Caldeira, junto ao Hospital, e também na zona nascente de Loures, em que está concretizado o planeamento de uma zona de atividades na área tecnológica e de serviços avançados, bem como vários equipamentos, incluindo uma Loja do Cidadão, um novo mercado e o futuro centro cultural”.

 

“Cá estaremos para continuar a trabalhar com o Governo, com o Metropolitano de Lisboa e com os municípios vizinhos, para concretizar este projeto no tempo necessário”, concluiu.

 

Estruturação de um enorme território

 

O ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, garantiu que “este metro de superfície tem uma capacidade de transporte, quando comparada com o metro convencional, de aproximadamente dois terços. Só que se nós fizéssemos um metro convencional com estes 250 milhões de euros aquilo que faríamos eram dois quilómetros de metropolitano e três estações. E com estes mesmos 250 milhões de euros, faremos 12 quilómetros de rede, 18 estações, sete delas em Odivelas e 11 em Loures e servindo 175 mil pessoas que vivem nestes territórios”.

 

“É uma linha da maior relevância, que se desenha com dois objetivos: ligar depressa a Lisboa, amarrar na Linha Amarela, na estação de Odivelas, e dessa forma conseguir entrar e sair depressa de Lisboa. Há um segundo objetivo tão importante como este: a estruturação de todo um enorme território que é, ele mesmo, gerador de viagens regulares que não são para Lisboa. Isto é, ao longo de toda esta linha há um novo território em plena Área Metropolitana de Lisboa que vai passar a ter muito mais, muito melhor serviço de transporte, mormente com aquilo que vai ser a amarração ao Hospital Beatriz Ângelo”, destacou, acrescentando que em outubro de 2022 será lançado o concurso de empreitada, para que a obra possa estar concluída no final de 2025.

 

Já para o presidente da Câmara Municipal de Odivelas, Hugo Martins, “o protocolo que hoje vamos assinar tem um enorme significado para a zona norte da Área Metropolitana de Lisboa. Esta expansão de um meio de transporte pesado era uma antiga e legítima reivindicação dos municípios que compõem este território”.

 

Por seu lado, Vítor Domingues dos Santos, presidente do Metropolitano de Lisboa, realçou que “são soluções deste tipo, associando novos modelos de transporte mais ligeiros aos existentes de maior capacidade, interligando núcleos populacionais mais dispersos, que garantem a necessária mobilidade dos concelhos que circundam Lisboa, garantindo desta forma soluções eficazes de mobilidade entre concelhos da Área Metropolitana de Lisboa, assegurando uma maior coesão territorial. Com este projeto pretendemos dar mais um passo para a transição para a mobilidade sustentável e ajudar a alterar hábitos de mobilidade, captando novos utilizadores para o transporte coletivo e reduzindo o recurso ao transporte individual”.    

 

250 milhões de investimento

 

O investimento necessário para a concretização desta obra ronda os 250 milhões de euros e será suportado pelo Plano de Recuperação e Resiliência. 

  

A nova linha de metro ligeiro de superfície irá ligar o concelho de Loures – servindo, de forma direta, as freguesias de Loures e de Santo António dos Cavaleiros e Frielas – à estação de Odivelas do Metropolitano de Lisboa. Esta linha, em “C” e com uma extensão total de cerca de 12 quilómetros, terá dois braços: um com término no Hospital Beatriz Ângelo e outro no Infantado.  

  

Com um total de 18 estações e 12,1 quilómetros de extensão, servirá uma população de 174 mil habitantes. 

 

Consulte a cronologia dos acontecimentos mais recentes relacionados com este tema, nomeadamente a partir do momento-chave que foi o lançamento, pela Câmara Municipal de Loures, em junho de 2017, da Petição Pública a exigir a extensão do metropolitano ao concelho. 

 

Recorde-se que, em paralelo, a Câmara de Loures continua a trabalhar para a concretização de um outro projeto: o da criação de uma linha, também em metro ligeiro de superfície, para unir Santa Apolónia (Lisboa) a Loures, com passagem por Moscavide, Portela e Sacavém. A expetativa da Autarquia é de que este investimento seja realizado com verbas do próximo quadro comunitário de apoio. 

 

A cerimónia de assinatura do protocolo que permitirá ligar os concelhos de Loures e Odivelas por metro ligeiro de superfície contou ainda com as presenças do secretário de Estado da Mobilidade, Eduardo Pinheiro, e dos vereadores da Câmara Municipal de Loures, Gonçalo Caroço, Tiago Matias, Sónia Paixão e Ivone Gonçalves, bem como do presidente da Assembleia Municipal de Loures, Ricardo Leão. 

 

 

 


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