No Dia Mundial do Livro, a 23 de abril, a Biblioteca Municipal José Saramago recebeu a cerimónia de entrega do galardão referente a 2014/2015, na modalidade de prosa de ficção, a António Canteiro, vencedor com a obra Logo à tarde vai estar frio.

A celebrar 22 anos de existência, “este é um Prémio já com algum prestígio e reconhecido na ‘comunidade das letras’, e que revela também o empenho do Município na valorização da escrita e da leitura”, referiu o presidente da Câmara de Loures durante a atribuição do Prémio.

Bernardino Soares frisou que esta distinção “é um marco na atividade cultural do Município e está integrado numa política coerente de valorização da leitura. A promoção da cultura é, para nós, uma prioridade”. Prova disso mesmo é, na opinião do autarca, a construção da biblioteca municipal Ary dos Santos, em Sacavém, “que se transformará num novo polo cultural na zona oriental do concelho”.

Já o vencedor do Prémio, António Canteiro, agradeceu a distinção e lembrou que “o livro é como uma escultura. As palavras brotam e transformam-se. É dos livros que ‘caem’ as palavras para os meus textos. Por isso, o meu agradecimento aos livros”.

A cerimónia de entrega da edição 2014/2015 do Prémio Maria Amália Vaz de Carvalho contou com a presença da presidente da Assembleia Municipal de Loures, Fernanda Santos, do vice-presidente da Autarquia, Paulo Piteira, dos vereadores António Pombinho e Nuno Botelho, do representante da EGEO (empresa patrocinadora do Prémio), Rui Pinheiro, e dos elementos que compuseram o júri desta edição: José Correia Tavares, representante da Associação Portuguesa de Escritores, Manuel Frias Martins, professor universitário na área da literatura, e Miguel Real, pseudónimo literário de Luís Martins, escritor, ensaísta e professor universitário na área da filosofia.

A sessão terminou com uma pequena atuação da equipa de animação da BMJS, a partir de excertos da obra do escritor.

O Prémio Literário Maria Amália Vaz de Carvalho pretende homenagear a memória da escritora e ativista feminina, que contribuiu para a dinamização cultural do concelho. Tem como finalidade incentivar a produção literária em Língua Portuguesa, premiando obras inéditas de autores portugueses, numa das seguintes modalidades: Poesia; Jovens Talentos – Poesia; Prosa de Ficção; Jovens Talentos – Prosa de Ficção.

Exposição Desenhar a Prosa

Após a entrega do Prémio, inaugurou no átrio da BMJS a exposição Desenhar a Prosa, dos alunos da Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa.

Desenhar a Prosa resulta dos trabalhos de alunos do 2.º ano de desenho desta instituição e, além de desenhos e diários gráficos, integra igualmente ilustrações que têm como ponto de partida a obra da Joana Bértholo, Diálogos para o fim do mundo – distinguida com o Prémio Maria Amália Vaz de Carvalho em 2009.

Esta exposição pode ser visitada até 30 de maio.