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Loures em Congresso

Aposta na mobilidade sustentável

02.04.2015

Mobilidade – Novas Práticas foi o nome de mais um debate realizado no âmbito do Loures em Congresso. A sessão, realizada a 1 de abril, na Junta de Freguesia da Portela, permitiu a troca de experiências entre municípios e especialistas em acessibilidade urbana.


Foi no auditório da Junta de Freguesia da Portela que, no dia 1 de abril, se reuniram em debate diversos especialistas em mobilidade urbana e acessibilidade. A sessão, subordinada ao tema Mobilidade: Novas práticas, realizou-se no âmbito do Loures em Congresso, iniciativa que pretende debater temas de interesse estratégico para o concelho.

“Pretendemos, com esta semana dedicada à mobilidade, que estas questões sejam amplamente debatidas”, começou por dizer Bernardino Soares, presidente da Câmara de Loures, na abertura do evento. “Já realizámos um debate sobre transportes públicos e quisemos agora complementá-lo com uma abordagem a novas práticas de mobilidade, mais suaves e alternativas. Somos um concelho que deve ter maior atenção à possibilidade de se fazerem percursos pedonais e de promoção de outras formas de mobilidade, como a bicicleta, pois continuamos a ter, em muitas localidades do nosso concelho, imensas dificuldades de mobilização a pé”, acrescentou Bernardino Soares.

O presidente da Câmara justificou ainda a realização do debate na Portela com o facto de ser um dos locais onde a Autarquia “pretende desenvolver, nos próximos anos, um projeto de criação de uma ciclovia que faça a ligação entre Sacavém, Portela e Moscavide”.

 

Novos padrões de mobilidade

Acessibilidade e mobilidade: fatores de competitividade para o território foi o primeiro tema a ser abordado por Paula Teles, da mpt, empresa de planeamento e gestão da mobilidade. “Uma cidade é feita de pedaços, que têm de ser geridos. As cidades têm de ser mais organizadas, intuitivas e simples, sem esquecer que deve ser o peão o centro da mobilidade urbana”, referiu a engenheira de planeamento do território.

Paula Teles falou nas novas realidades sociais, no direito à mobilidade, mais sustentável, e na importância de se compreenderem as novas realidades urbanas, sempre com objetivo de desenhar cidades e vilas com mobilidade para todos, tornando os territórios acessíveis no edificado, no espaço público e nos transportes.

Sérgio Manso Pinheiro, do IMT – Instituto de Mobilidade e Transportes, apresentou o plano CiclAndo, Plano de Promoção da Bicicleta e Outros Modos Suaves, reiterando a ideia de que a bicicleta e o andar a pé devem passar a estar no centro da vida quotidiana.

A promoção de meios de transporte mais sustentáveis constitui a grande motivação e o principal desafio do Plano, o qual se inscreve num novo paradigma de mobilidade, que tem em vista combinar o desenvolvimento económico das cidades e vilas, bem como a acessibilidade como uma melhoria da qualidade de vida, a defesa do ambiente e a redução da dependência energética.

Já Adélia Simões, da Câmara Municipal de Torres Vedras, partilhou a experiência das Agostinhas, sistema de aluguer de bicicletas públicas. As Agostinhas estão distribuídas por 11 estações de bicicletas públicas, distribuídas pela cidade de Torres Vedras, junto às escolas, áreas comerciais e serviços públicos, disponibilizando bicicletas convencionais, a pedal e elétricas.

Almada Ciclável foi outro dos projetos inseridos na mobilidade sustentável, apresentado por Catarina Freitas, da Câmara de Almada. A Autarquia está a apostar na bicicleta como modo de deslocação suave, para viagens quotidianas de curta distância, tendo o Município aprovado uma rede com 217 km de percursos cicláveis, contínuos, de três tipologias: percursos de uso quotidiano, cultural e de lazer e com qualidade ambiental.

Intermodalidades e perspetivas sobre mobilidade urbana foram outros dos temas lançados para o debate.

 


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