Num comunicado recentemente divulgado pela EP, a pretexto do início das obras, é afirmado que “a solução desenvolvida em projeto contou com a contribuição da CM Loures, e responde integralmente às preocupações manifestadas pela Autarquia, nomeadamente quanto às questões relacionadas com o não agravamento das condições de escoamento das águas no local e às condições de circulação rodoviária em Sacavém”.

A Câmara de Loures sente-se na obrigação de recordar que a EP avançou com a consignação da obra sem consultar as restantes entidades públicas com infraestruturas nesta área, dando conhecimento do projeto já depois da data prevista para o início da intervenção, o que levou a Autarquia, de imediato, a exigir explicações e garantias à EP.

O Município defende desde sempre a necessidade de garantir, de forma clara, que a substituição da ponte não venha a agravar o problema das cheias em Sacavém, nem o problema da circulação rodoviária.

Após várias reuniões realizadas com o ministro e os secretários de estado, de onde saiu o compromisso político de que a obra só avançaria depois de acauteladas todas as questões levantadas pelo Município de Loures, a EP apresentou um documento intitulado “EN10 – Ponte de Sacavém sobre o Rio Trancão, Substituição da Obra de Arte. Substituição Parcial do Caneiro Existente”, que a Autarquia em tempo analisou, submetendo depois os seus contributos críticos, sem, no entanto, saber se estes foram tidos em conta na nova versão do projeto.   

A Câmara de Loures não conhece o projeto final

Neste sentido a Câmara de Loures já solicitou à EP o projeto final, a fim de conhecer a solução desenhada pela EP, a qual  decidiu avançar com as obras sem informar o Município sobre as alterações introduzidas ao projeto de execução, e se as mesmas tiveram em consideração os contributos enviados pela Autarquia.

O compromisso do Município é de continuar a acompanhar o processo, por forma a defender os interesses da população de Sacavém e da zona oriental do concelho de Loures, na expectativa que esta intervenção não tenha um impacte negativo, no problema das cheias em Sacavém, nem em relação à circulação rodoviária na Praça da República.