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Loures: a cidade que queremos

Câmara apresenta projetos futuros para a cidade de Loures

16.01.2019

A Câmara Municipal de Loures apresentou, no dia 10 de janeiro, a entidades públicas e associativas, os projetos futuros planeados para a cidade de Loures.

 

Foi no âmbito do projeto Loures: a cidade que queremos que a sessão, realizada na Biblioteca Municipal José Saramago, pretendeu dar a conhecer as ideias e projetos para Loures, bem como recolher os contributos das diversas entidades com relevo na cidade.
“É preciso, com alguma rapidez, concluir esta reflexão do ponto de vista macro da cidade de Loures para podermos, depois, avançar em cada uma das suas vertentes”, explicou o presidente da Câmara Municipal de Loures.
“A cidade de Loures é um elemento de importância estratégica para o desenvolvimento do concelho”, referiu Bernardino Soares. “A sede do concelho, pela sua importância do ponto de vista económico, administrativo e social, tem de ter dinâmica suficiente para ‘arrastar’ atrás de si todo o concelho”.
O presidente da Câmara de Loures alertou ainda para o facto de o inquérito à mobilidade, patrocinado pela Área Metropolitana de Lisboa, confirmar “a centralidade do concelho de Loures”. “Somos o segundo concelho, depois de Lisboa, para onde as pessoas, diariamente, mais se deslocam. É o que acontece com os residentes de Mafra, Vila Franca de Xira, Odivelas, e até mesmo de Lisboa, que, diariamente, para aqui vêm, sobretudo, trabalhar”.
“Isto reforça a nossa reivindicação de ter o Metro ou um outro meio transporte em ferrocarril mais alargado para permitir que estas deslocações se façam de forma mais eficaz e, também, dá sinal de que temos um tecido económico com uma pujança significativa”.

 

A nova centralidade de Loures
Bernardino Soares apresentou, depois, o que a Autarquia pretende para as diversas zonas da cidade de Loures, nomeadamente ao nível de novas vias, transportes, equipamentos coletivos, estacionamento e parques verdes.
“Temos uma cidade que está por completar”, afirmou, referindo que “a habitação é um ponto essencial deste plano, até porque “precisamos de rejuvenescer o centro de Loures, que não tem tido grandes oportunidades de desenvolvimento em termos urbanísticos”.
Foi assim que o presidente da Câmara de Loures começou por apresentar o projeto para o Grupo Sportivo de Loures (GSL) e para a sua área envolvente, que engloba todos os terrenos junto ao tribunal, aos bombeiros e à Escola Básica Luís Sttau Monteiro. 
“A ideia é organizar esta área, de modo a que ela se integre na malha urbana. Prevê-se que a zona comercial ali existente (Lidl) se desloque para junto da Rua da República, e que, com a construção no novo estádio do GSL em terrenos municipais, no Infantado, se abra a possibilidade de construção de habitação, resolvendo, igualmente, o problema de circulação rodoviária que é aqui muito deficitária”.
Uma segunda grande área de intervenção prende-se com o Plano de Pormenor do Correio-Mor, que se estende desde o Palácio do Correio-Mor até ao Hospital Beatriz Ângelo. “Para aqui está prevista a construção de uma pequena área residencial, mas, sobretudo, de serviços ligados à saúde e à investigação junto ao Hospital”. Para esta zona, perspetiva-se, igualmente, a construção de uma via que ligará o Hospital ao Jardim Municipal Major Rosa Bastos.
Na zona das Sapateiras, o objetivo do Município é, através da reabilitação dos dois edifícios recentemente adquiridos pela Autarquia, instalar serviços da Câmara e, simultaneamente, entrar no mercado de arrendamento.
“Pretendemos ali fixar um conjunto de serviços que temos dispersos por vários edifícios, em particular aqueles que estão fora do centro de Loures em edifícios arrendados”, explicou Bernardino Soares. A entrada no mercado de arrendamento será feita com o recurso a habitação a custos controlados, “permitindo a ocupação a uma população que, de outra forma, não consegue fazer face às rendas que atualmente se praticam no mercado” e com o recurso a residências universitárias. “Temos na região de Lisboa uma enorme carência de residências universitárias e será fácil chegar a acordo com algumas instituições de ensino superior para que uma parte dos seus alunos possam ter aqui as suas casas. Isso significará também um grande rejuvenescimento da vida da nossa cidade”.
A terceira grande área de intervenção prende-se com a zona da Mealhada e o alargamento do Parque Adão Barata até à Quinta do Conventinho. O objetivo é valorizar a entrada sul da cidade, “ligando Mealhada, Loures e Santo António dos Cavaleiros através de toda esta zona verde”.
Por fim, a quarta zona de intervenção que ficará conhecida como Loures Nascente, será o local onde o Município de Loures pretende instalar um “verdadeiro interface de transportes”, que possa receber o metro, autocarros, táxis entre outros meios de transporte.
Por outro lado, pretende-se dar nova vida ao espaço desaproveitado entre a Rua da República e o Rio de Loures, “que terá uma grande prevalência de atividades económicas, permitindo ali fixar empresas e serviços, criando emprego e trazendo gente para a nossa cidade”. Também aqui se pretende criar uma nova via que sirva de alternativa à Rua da República, tendo sido apresentadas duas alternativas: uma mais junto à malha urbana da cidade e outra mais distante.
Aqui nascerá, também, um conjunto de outros equipamentos, nomeadamente um Centro Cultural, que deverá situar-se no parque de estacionamento das Tinalhas “permitindo potenciar toda a zona de acesso ao rio e à Várzea”, referiu Bernardino Soares.
O presidente da Câmara de Loures abordou ainda a questão do lançamento do concurso para construção de um novo mercado “para permitir que aquela praça, onde se faz o mercado de Levante, possa vir a ser a grande praça que Loures não tem para espetáculos ao ar livre, feiras, mostras de artesanato, entre outras vivências multifuncionais”.^
A recuperação do Edifício 4 de Outubro e a requalificação do quarteirão do Cineteatro de Loures foram outros dos assuntos abordados.Todos estes novos equipamentos serão servidos de zonas de estacionamento. “Vai ser necessário um grande investimento no espaço público, criando novos espaços de estacionamento à superfície que são indispensáveis”, afirmou.
“Precisamos de fechar este cenário global porque alguns destes projetos exigem investimentos do setor privado e é agora a altura para conseguir obtê-los. Além disso, precisamos de definir a localização dos principais equipamentos, bem como toda esta organização porque ela é essencial para demonstrar ao Governo que é mesmo preciso que o Metro chegue até à cidade de Loures, e assim aproveitar o próximo quadro comunitário de apoio”, concluiu.
Na sessão marcaram presença o vice-presidente da Autarquia, Paulo Piteira, bem como os vereadores Gonçalo Caroço e Tiago Matias, e a presidente da Junta de Freguesia de Loures, Orlanda Rodrigues.

 


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