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Loures

As Cegadas enquanto meio de resistência antifascista

24.04.2018

O Museu Municipal de Loures organizou uma mesa redonda sobre As Cegadas enquanto meio de resistência antifascista no seio do Movimento Associativo Popular.

  • As Cegadas enquanto meio de resistência antifascista
  • As Cegadas enquanto meio de resistência antifascista
  • As Cegadas enquanto meio de resistência antifascista

 

A iniciativa Uma Tarde no Museu contou, no dia 22 de abril, com a participação da professora Maria Luísa Tiago Oliveira, do Grupo de Direito à Memória e da URAP (União de Resistentes Antifascistas Portugueses), Henrique Mota, antifascista, e Francisco Pereira da Silva, antigo participante em grupos de Cegada.

“Esse meio de resistência e crítica social faz parte da cultura popular portuguesa. Enquanto sátira e ironia, foram alvo de censura no período da ditadura. Nestas comemorações, é justa esta chamada de atenção para manifestações que continuam a existir no Município através de três grupos de Cegada”, afirmou o vice-presidente da Câmara Municipal de Loures, Paulo Piteira.

A importância das coletividades que acolheram várias manifestações deste tipo, foi referida por Henrique Mota destacando que “nestas associações, muitas pessoas fizeram-se adultas na luta contra o fascismo”.

"Embora com menor intensidade, continua a ser um traço do Património Cultural Imaterial do concelho de Loures", lê-se na exposição Loures, narrativas de um território, visitada pelo grupo de trinta pessoas que participou no debate, integrado nas comemorações de do 25 Abril no Município.

Sobre os tempos da Revolução, Paulo Piteira considerou que “temos vindo a assistir a um branqueamento do que foi o 25 de Abril, nomeadamente atribuindo outros nomes ao regime, chamando-lhe ‘estado novo’ em vez de fascismo, e atribuindo às características do regime a ideia de que foi uma democracia musculada em vez de uma ditadura. Esta é uma forma de desconstruir a memória”.

 


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