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Seminário Nacional

Modelos de Educação do Futuro debatidos em Loures

23.04.2018

Modelos de Educação do Futuro foi o tema do seminário nacional, realizado no dia 19 de abril, em Loures, que contou com a presença de cerca de três centenas de participantes de todo o país.

 

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Refletir sobre modelos de educação, analisar experiências inovadoras na escola pública e debater os principais desafios para a próxima década foram os principais objetivos do seminário que juntou, no auditório da Escola Secundária Dr. António Carvalho de Figueiredo, dezenas de personalidades do panorama nacional da área da educação.

“Tem sido muito bom trabalhar com Loures. Há projetos muito interessantes em desenvolvimento neste Município, sem pôr em causa aquilo que é a autonomia pedagógica de cada uma das escolas”, começou por dizer o secretário de Estado da Educação, na abertura do encontro.

“Quando falamos de educação para um futuro que se quer presente, temos de pensar todos juntos e não insistir no modelo do passa-culpas”, referiu João Costa. “Os pais culpam os professores, o Ministério culpa os municípios, e vice-versa e, enquanto, nós adultos andamos a passar culpas, há um conjunto muito significativo de alunos que se está a afundar porque nos esquecemos de olhar para eles”, alertou o secretário de Estado.

“A conquista da escola democrática ainda não está terminada. Há um problema de justiça social no nosso sistema educativo, em que a pobreza ainda é o principal preditor de insucesso”, disse. “Por isso é que este debate é urgente. É preciso discutir modelos de educação para conseguir chegar àqueles que, sistematicamente, ficam de fora. Não tenhamos medo de experimentar práticas diferentes em sala de aula. Se não ousarmos, tudo ficará na mesma”, concluiu.

 

Novas abordagens e soluções

Também o presidente da Câmara de Loures esteve presente na abertura do seminário, cujo tema considerou “apropriado e atual”, até porque o “debate político sobre educação está excessivamente centrado nas infraestruturas, deixando todo o resto, muitas vezes, submerso”.

“Temos a necessidade de proporcionar, nas nossas escolas, abordagens diferenciadas e novas experiências com os alunos. Queremos uma escola para todos, completa”, afirmou. “Discutir diferentes modelos é muito importante para encontrarmos novas soluções e uma escola mais adequada às necessidades que a sociedade lhe atribui”, apelou Bernardino Soares.

 

Experiências inovadoras na escola pública

Esta iniciativa da Câmara Municipal de Loures, realizada em parceria com a Escola Superior de Educação de Lisboa, constituiu um importante espaço de partilha e de debate sobre o conhecimento e a inovação que se tem vindo a introduzir, em matéria de políticas educativas, nas escolas públicas.

Nuno Mantas, Luís Fernandes e Elizabete Jerónimo, diretores dos agrupamentos de escolas da Boa Água (Sesimbra), Freixo (Ponte de Lima) e Padre Vítor Melícias (Torres Vedras), respetivamente, foram convidados para dar a conhecer os seus projetos pedagógicos inovadores: escolas sem períodos letivos, aulas sem manuais, salas de aula com áreas flexíveis, currículos personalizados, elaborados à medida de cada aluno, trabalho colaborativo, jogos, circuitos de aprendizagem, entre outras soluções alternativas, orientadas para o sucesso educativo.

Ariana Cosme, co-coordenadora do Observatório da Vida nas Escolas, e José Pacheco, fundador da Escola da Ponte, presente através de videoconferência, deram também a sua visão sobre as vantagens de um ensino flexível e sobre a necessidade de repensar a escola, onde o aluno tenha a possibilidade de existir como pessoa livre, consciente e autónoma.

A vereadora com o pelouro da Educação em Loures encerrou o encontro, deixando a certeza de que “as escolas têm os seus caminhos e constroem os seus projetos”, mas que a Câmara “está cá para ajudar”.

“Temos muitos modelos de hoje que são modelos de futuro, mas temos de refletir sobre como vamos consolidar estes modelos e procurar outros”, referiu Maria Eugénia Coelho. “Conheço bem as escolas e sei que muitas vezes o medo nos tolda a audácia. Não podemos ter medo porque somos bons profissionais”.

 


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