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Comemorações dos 150 anos do nascimento

Loures homenageia Jorge Rey Colaço

01.03.2018

A Câmara Municipal de Loures associou-se às Comemorações dos 150 anos do nascimento de Jorge Rey Colaço e promoveu, no dia 26 de fevereiro, a Conferência Jorge Colaço – Conhecer, divulgar e preservar.

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No dia em que se assinalou a data do nascimento de Jorge Colaço, o Museu de Cerâmica de Sacavém recebeu a primeira de um conjunto de iniciativas que vão decorrer ao longo de 2018, dinamizadas pelos parceiros do Município de Loures nestas comemorações, nomeadamente, Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) – Museu Nacional do Azulejo, Infraestruturas de Portugal, Comboios de Portugal, Fundação Instituto Arquitecto José Marques da Silva, investigadora Cláudia Emanuel e família de Jorge Colaço.

“Hoje vamos trabalhar em torno de um tema que consideramos muito importante, que é a vida e a obra de Jorge Rey Colaço, um importante artista plástico português que muito contribuiu para o trabalho do azulejo no nosso país e que deu também um forte contributo para que a Fábrica de Loiça de Sacavém tivesse a possibilidade de albergar a produção de azulejo artístico”, começou por dizer o vice-presidente da Câmara Municipal de Loures, que marcou presença na abertura oficial destas Comemorações. Paulo Piteira agradeceu a todas as entidades parceiras que, com a Câmara Municipal de Loures, tornaram possível esta comemoração, salientando que “é com grande gosto que acolhemos a conferência de abertura das Comemorações dos 150 anos do nascimento de Jorge Colaço, conferência esta que se insere numa das orientações fundamentais que definimos para a política cultural do Município de Loures, e que é a valorização do património cultural, material e imaterial”.

Para o vice-presidente da Câmara Municipal, a realização desta conferência no Museu de Cerâmica de Sacavém simboliza “o regresso de Jorge Colaço a um lugar onde ele encontrou as condições e os meios técnicos para produzir os painéis de azulejos artísticos, que prestigiaram não apenas o artista, mas também o local onde foram produzidos. Isto insere-se naquilo que é o património material deste concelho, e o património que representa para o concelho, para a região e para o país”. O autarca concluiu a sua intervenção acrescentando que o momento para a realização deste evento “não podia também ser mais oportuno, uma vez que estamos a comemorar, em 2018, o Ano Europeu do Património Cultural, e o Museu de Cerâmica de Sacavém assume-se como um depositário do património cultural desta Autarquia”.

A abertura oficial das Comemorações dos 150 anos do nascimento de Jorge Colaço contou também com a participação de Maria Antónia Pinto de Matos, diretora do Museu Nacional do Azulejo; Rui Reis, da Infraestruturas de Portugal; Graça Cerejo, dos Comboios de Portugal; Maria de Fátima Marinho, presidente do conselho diretivo da Fundação Instituto Arquitecto José Marques da Silva; Cláudia Emanuel, investigadora; e de Tomás Colaço, artista visual e bisneto de Jorge Colaço.

O programa da Conferência dividiu-se em três painéis: o primeiro – Conhecer –, que abordou os temas Jorge Colaço – testemunhos íntimos, alguns segredos, especulações possíveis, a sua vida e a sua obra, Azulejos de Jorge Colaço nos Açores, no Brasil e em Goa, Entre a Tradição e a Modernidade: a narrativa histórica na obra de Jorge Colaço e a Pintura sobre azulejo de Jorge Rey Colaço. O segundo painel – Divulgar– integrou as seguintes comunicações: Autorias. A biografia de Jorge Colaço no Az Infinitum, Azulejaria de Jorge Colaço nas Unidades Militares em Portugal: Arte e Tradição e Azulejos Artísticos de Jorge Colaço nas estações ferroviárias portuguesas. E, por último, o terceiro painel – Preservar –, que tratou do Estudo microscópico dalgumas técnicas usadas por Jorge Colaço, A estação de Porto-São Bento e a obra de Jorge Colaço e O Museu Nacional do Azulejo como polo de estudo da obra de Jorge Colaço.

O Museu de Cerâmica de Sacavém tem patente uma Mostra Documental sobre Jorge Colaço e os azulejos artísticos na Fábrica de Loiça de Sacavém entre 1904 e 1923.

 

Celebrar e valorizar o artista e a sua obra azulejar

Mestre Jorge Colaço nasceu no Consulado de Portugal em Tânger (Marrocos), em 1868, e morreu em Caxias, em 1942. Estudou em Madrid e em Paris, com Ferdinand Cormon, onde se relacionou com os grandes artistas da época, e assimilou também a nova corrente estética, Arte Nova.

Artista da primeira metade do século XX, Colaço renovou a arte industrial do azulejo decorativo com o industrial James Gilman, proprietário da Fábrica de Loiça de Sacavém, durante duas décadas, e continuou na Companhia das Fábricas Cerâmica Lusitânia, em Lisboa.

As grandes composições de pintura em azulejo de Jorge Colaço ainda hoje são expoentes máximos desta arte em Portugal. São disso exemplo: Faculdade de Ciências Médicas de Lisboa; Palácio Hotel do Bussaco; Estação Ferroviária de São Bento, no Porto; Palácio de Sant’Ana, nos Açores; Palácio de Rio Frio, em Palmela; Casa do Alentejo, em Lisboa; Pavilhão dos Desportos de Lisboa, atual Pavilhão Carlos Lopes, entre tantos outros.

 


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