O objetivo da visita, solicitada pela deputada do Partido Comunista do Brasil na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, consistiu em “conhecer as políticas nacionais e o concelho de Loures”.

Bernardino Soares qualificou o Brasil como um “observatório de luta política e social” e considerou que é “um privilégio poder partilhar experiências”.

O responsável pelo Município de Loures, acompanhado pela vereadora para a Coesão Social, Maria Eugénia Coelho, apresentou “um território diversificado, com realidades muito diferentes, com significativa dimensão rural, que acolhe 122 nacionalidades e várias organizações religiosas”. Também destacou o apoio a novos projetos de empresas existentes, valorizou a fixação de várias indústrias de cariz ambiental e identificou o Turismo como “um enorme potencial, devido à riqueza patrimonial, gastronómica e vitivinícola, a que daremos um forte impulso”.

Entre as carências sociais e económicas, Bernardino Soares assinalou a “total ausência de uma política nacional para a questão habitacional, que em Loures envolve cerca de dez mil pessoas”, as quais residem em condições precárias ou em zonas de perigosidade. O autarca revelou também a sua insatisfação com instituições da Administração Central, nomeadamente sobre “a necessidade de construção de novos centros de saúde e contratação de médicos de família, e um maior envolvimento das autarquias nas decisões estratégicas relativas aos transportes públicos, reivindicando nós, em particular, a expansão da rede de metropolitano no concelho e pela qual entregámos no Parlamento uma petição com quase trinta mil assinaturas”.

Quanto à realidade política, “temos forças diferentes a presidir aos órgãos municipais, mas estamos determinados em cumprir este mandato com mais e indispensáveis melhorias, através da nossa ação, no território de Loures”, concluiu o presidente da Autarquia.

Em seguida, Manuela d’Ávila deslocou-se, entre outros locais, à Galeria de Arte Pública, na Quinta do Mocho, em Sacavém, ao espaço de Arte Urbana na Quinta da Fonte, na Apelação, e ao Centro de Atividades Ocupacionais da CREACIL, em Moscavide.