A Estação da Biodiversidade de Fontelas contempla um percurso pedestre, de aproximadamente um quilómetro. Ao longo do caminho foram colocados nove painéis interpretativos, um com o mapa geral do percurso e os outros com explicações sobre as espécies que se podem encontrar no local.  

Além do Penedo do Mouro, onde se insere, é ainda possível apreciar outras duas elevações que rodeiam a estação: Alto da Toupeira e Penedo do Gato, onde os visitantes poderão ter uma visão panorâmica privilegiada sobre as formações calcárias.

Projeto financiado pela Câmara Municipal

A Estação da Biodiversidade de Fontelas integra a rede de Estações da Biodiversidade, um projeto da autoria do Centro de Conservação das Borboletas de Portugal (TAGIS), em conjunto com o Museu Nacional de História Natural e da Ciência (MUHNAC) e o Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais (cE3c), da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

A Estação da Biodiversidade de Fontelas foi financiada pela Câmara Municipal de Loures, tendo o projeto sido desenvolvido pela equipa técnica da Divisão de Zonas Verdes e Floresta com o apoio no terreno da Equipa de Sapadores Florestais. Futuramente, a Unidade de Sustentabilidade Ambiental irá divulgar e dinamizar diversas atividades de Educação Ambiental, bem como de turismo da natureza.

A Estação da Biodiversidade de Fontelas foi a 30.ª a inaugurar no país, sendo a primeira a inaugurar em 2017 e na Área Metropolitana de Lisboa.

“Este caminho revela duas situações importantes: esta é a Estação que está mais perto de Lisboa, localizada numa área que detém uma elevada biodiversidade de fauna e flora,  que pode ser registada e identificada”, afirmou o vereador responsável pelo Departamento de Ambiente da Câmara Municipal de Loures, Tiago Matias, que marcou presença nesta inauguração.

A inauguração da Estação de Fontelas contou com a participação dos alunos de uma turma do 7.º ano da Escola Secundária do Arco-Íris, na Portela, os quais foram acompanhados pelos investigadores Eva Monteiro, Albano Soares e Rui Félix, do TAGIS, que ajudaram a identificar algumas das espécies que se podem encontrar neste percurso, nomeadamente, borboletas, libélulas, orquídeas, e um centenário carvalho-cerquinho, classificado de interesse público.

Os visitantes podem ainda colaborar ativamente na sua inventariação e monitorização, ao adotar a designação “RIPAR”: registar as observações, através de fotografia; identificar as espécies; e partilhar a informação com a sociedade, através da página www.biodiversity4all.org.

Presentes nesta inauguração estiveram também os presidentes da Junta de Freguesia de Lousa e da União das Freguesias de Moscavide e Portela, Nelson Batista e Manuela Dias, respetivamente.