Estas sessões serão dirigidas por Nuno Silva e Luis Gomes, sob a orientação pedagógica do maestro António Saiote.

As atividades da Academia irão decorrer ao longo de todo o ano, com periodicidade mensal, sempre aos sábados, das 10h00 às 13h00 e das 15h00 às 18h00, no Cineteatro de Loures.

Dirigida a alunos de escolas de música do movimento associativo, bandas filarmónicas e orquestras ligeiras do concelho, e ainda a alunos do conservatório e escolas superiores de música, esta formação pretende promover o desenvolvimento e o aperfeiçoamento técnico e artístico dos agentes musicais locais, proporcionando-lhes experiências de aprendizagem com músicos de mérito nacional e internacional, bem como momentos de partilha com outros jovens músicos.

Associado a esta formação – e como complemento – irão decorrer alguns concertos, sempre aos domingos, pelas 18 horas, também no Cineteatro de Loures, com a participação dos alunos da Academia e alguns convidados. 

O Município de Loures, enquanto entidade promotora do projeto, pretende que a Academia de Clarinete Marcos Romão dos Reis Jr. se assuma como um espaço exemplar de formação, que abra novos horizontes de conhecimento aos jovens músicos, através do contacto com novos professores e novos métodos de ensino, contribuindo para a melhoria qualitativa das bandas filarmónicas, orquestras ligeiras e escolas de música do concelho.

O sucesso de outras iniciativas de relevo promovidas pela Autarquia, como Meeting Internacional de Clarinete Marcos Romão dos Reis Júnior e o Clarinete In Orquestra, associado ao trabalho que será desenvolvido pela Academia, dirigida pelo maestro António Saiote, irá permitirá projetar Loures como Capital do Clarinete.       

Uma vida dedicada à cultura

A carreira de Marcos Romão dos Reis Jr., como executante, iniciou-se na Banda dos Bombeiros de Loures. Aos 16 anos ingressa na Banda da Armada onde, a partir de 1956, é nomeado chefe de banda. Foi igualmente maestro das bandas dos Bombeiros Voluntários de Loures e da Sociedade União Seixalense. Como instrumentista fez parte da Orquestra Sinfónica Nacional e da Orquestra Filarmónica de Lisboa. Em 1957 é convidado para professor no Conservatório Nacional onde leciona até meados da década de 80. Como compositor, a sua obra estendeu-se desde 1940 até 1997, destacando-se marchas, aberturas, divertimentos, fantasias e uma sinfonieta, tendo ainda escrito para pequenos grupos de câmara. O seu período de maior produtividade ficou compreendido entre os anos de 1976 e 1990.

Foi alvo de vários louvores, medalhas e condecorações, sendo que em 1993 lhe foi concedido, pela Câmara Municipal de Loures, a Medalha de Ouro de Honra do Concelho de Loures.