Ir para o Conteúdo

Património

Diretora-Geral do Património Cultural visita Loures

29.04.2016

A responsável pela Direção-Geral do Património Cultural (DGPC), Paula Silva, esteve em Loures, numa visita que teve como objetivo abordar as formas de colaboração entre aquela entidade e a Câmara Municipal de Loures.

  • Diretora-Geral do Património Cultural visita Loures
  • Diretora-Geral do Património Cultural visita Loures
  • Diretora-Geral do Património Cultural visita Loures
  • Diretora-Geral do Património Cultural visita Loures
  • Diretora-Geral do Património Cultural visita Loures
  • Diretora-Geral do Património Cultural visita Loures

 

Paula Silva esteve em Loures para uma visita que contemplou vários pontos de interesse histórico e patrimonial do Município, nomeadamente o Forte de Sacavém, o Palácio de Valflores, em Santa Iria de Azóia, e a Igreja Matriz de Loures.
A visita teve como objetivo dar a conhecer, pessoalmente, a Paula Silva alguns dos aspetos abordados numa reunião anterior entre a Autarquia e a DGPC. Paulo Piteira, vice-presidente da Câmara de Loures, foi o anfitrião do périplo, que teve início no Forte de Sacavém, local onde o Sistema de Informação para o Património Arquitetónico (SIPA) reúne o mais completo arquivo nacional de património arquitetónico e urbanístico, um instrumento fundamental de salvaguarda, que inclui mais de dois milhões de desenhos, plantas, fotografias e outros documentos.
Pertencia à Direcção-Geral de Edifícios e Monumentos Nacionais, organismo com um vasto historial na proteção do património português, extinto em 2007. Foi nesse mesmo ano que passou a integrar o Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU) mas, dando eco a várias vozes da defesa do património, este propôs a sua transferência para as mãos da DGPC, em meados de 2012.
As instalações do Forte de Sacavém contêm milhares de documentos que ali foram sendo depositados ao longo dos anos. Antes de serem catalogados e posteriormente consultados, os acervos passam por um processo de análise que implica descontaminação e higienização. Com mais de 34 mil registos de inventário, está aberto ao público para consultas e pesquisas, de segunda a quarta-feira, entre as 9 e as 17 horas. Contudo, a pesquisa de todos os espólios e documentos é facultada ao público em geral através do sítio na Internet, em www.monumentos.pt, à medida que é feito o seu tratamento arquivístico e a sua digitalização. As visitas só podem ser realizadas mediante pedido, devido à falta de recursos humanos. Atualmente, o Forte de Sacavém conta com dez funcionários – mas já foram 65.
“É precisamente por essa e outras questões que é importante esta visita”, disse Paula Silva. “A interajuda entre a Câmara Municipal e a DGPC pode ser fundamental para a resolução de diversos problemas, e a contratação de pessoal é um deles”. A diretora-geral abordou ainda outros aspetos onde a Autarquia poderá ter uma intervenção determinante, nomeadamente no reforço da iluminação pública, do policiamento e na desmatação e limpeza dos terrenos circundantes ao Forte de Sacavém.

Recuperação do Palácio de Valflores
A visita continuou por Santa Iria de Azóia, ao Palácio de Valflores. Considerado pela organização Europa Nostra como um dos 14 monumentos mais ameaçados da Europa, o Palácio de Valflores, de arquitetura quinhentista, outrora com olivais, laranjais e pomares de maçãs e peras, adquirido pela família inglesa Reynolds, no início do século XX e classificado como imóvel de interesse público, atualmente propriedade municipal, encontra-se num estado avançado de degradação.
“Ou deitamos mão a este edifício o mais rapidamente possível, ou ele vai acabar por cair”, referiu Paulo Piteira. “A intenção, para já, é criar um grupo de trabalho entre a DGPC e a Câmara Municipal, no sentido de procurar identificar mecanismos de financiamento que permitam a sua reabilitação e impeçam a ruína”, acrescentou. Paula Silva avançou que “mecanismos específicos para o efeito não existem”, pelo que é aconselhável “dar uma função ao edifício e, consoante essa ideia, ir à procura de fundos”.
O périplo pelo concelho só terminou na Igreja Matriz de Loures, monumento nacional, que se encontra a ser alvo de restauro com o apoio técnico da DGPC.

 


Imprimir Endereço direto da página Imagem separadora