A cerimónia teve início com a apresentação de um vídeo com as atividades e os projetos desenvolvidos. Educação, requalificação do parque escolar, nova vida para os bairros municipais, instituições culturais vivas e acessíveis, vida ativa e desporto, novas oportunidades para o concelho, transportes públicos, serviços municipais, requalificação e acessibilidade foram alguns dos temas deste vídeo, como projeção para um futuro a dez anos.
Seguiram-se as apresentações das conclusões finais, divididas em cinco painéis temáticos.
Coesão Social e Igualdade de Oportunidade foi o primeiro painel, que apresentou temas como habitação, integração de emigrantes, arte urbana, municipalização da educação e prevenção na saúde.
No painel da Promoção Cultura e Desporto debateram-se a  gestão do património cultural, a animação sociocultural, a gestão de equipamentos e o movimento associativo, numa perspetiva de rede. Cultura como espaço de criação, motivador de mudanças de atitude e a educação não formal levam a cidadãos interessados e ativos, concluiu-se.
Desenvolvimento Económico foi o painel que se seguiu, onde se destacou a importância do tecido empresarial concelhio, do potencial humano qualificado, da competitividade do trabalho em rede e da adaptação à realidade local: Loures como parceiro ativo na inovação e no desenvolvimento tecnológicos e na atração e captação de novos investimentos, para uma revitalização económica, demográfica e cultural. Uma intervenção local aberta ao diálogo, passando por uma estratégia empresarial proativa, a cooperação com o segmento universitário, a dinamização das zonas rurais, a gestão dos fundos europeus e um serviço de proximidade às empresas estão já a ser desenvolvidos através de projetos como o Loures Inova, a Associação para o Desenvolvimento Sustentável da Região Saloia (A2S) e Agência de Investimento de Loures.
O debate acerca dos Serviços Públicos visou a participação ativa da população nos processos de decisão municipal, a gestão pública da água, saneamento e resíduos, pensados para servir as populações, através de preços mais justos, realçando-se a necessidade de reverter o processo de privatização da Valorsul. Nos transportes públicos delinearam-se linhas de atuação: relevância das redes urbanas nos transportes do concelho, necessidade de novos transportes para dentro e fora do concelho, reforço da rede concelhia para um acesso mais eficaz ao Hospital Beatriz Ângelo. A Segurança da população, a valorização do espaço público, o combate ao estigma dos bairros sociais e o reforço dos serviços de atendimento foram também temas abordados.
O painel Espaço Urbano e Ambiente debateu propostas para as cidades de Loures e Sacavém, avaliando a dinamização dos centros das cidades, potenciando locais de encontro e estadia, melhorando a articulação pedonal, através da valorização do património e da diversidade cultural. Garantir o direito à mobilidade, fomentar o uso da bicicleta, limpar as linhas de água do concelho, criar parcerias com proprietários, comerciantes e empresas são prioridades para a futura Agência Municipal de Eficiência Energética de Loures.
Seguiu-se um momento cultural musical com as atuações de Sérgio Gomes, na marimba, e do Chorus’Up, Grupo Coral da Sociedade Filarmónica União Pinheirense.

Balanço final
O balanço final do Congresso ficou a cargo de José Batista Alves, coordenador do conselho executivo, que fez uma análise do decurso dos trabalhos que visaram recolher contributos para a elaboração de um plano estratégico para o Município de Loures nos próximos dez anos.
A encerrar a sessão, Bernardino Soares, presidente da Câmara Municipal de Loures, fez um balanço positivo dos trabalhos, que considerou serem um forte impulso no trabalho municipal do futuro: “Ao longo das 13 semanas temáticas e dos projetos diferenciados, abordámos a generalidade dos problemas que mais importam ao nosso concelho e muitos deles ao país. O Loures em Congresso foi certamente uma das mais abrangentes e participadas iniciativas realizadas pelo poder local democrático no nosso país e transportou em si o que há de mais genuíno neste nível de poder democrático: a participação e a proximidade dos problemas e anseios da população. Ficou claro em todas estas iniciativas que não quisemos utilizar o Loures em Congresso, como alguns afirmavam, para voltar a fazer o julgamento do passado; ao contrário, foram cem dias completamente virados para o futuro”, afirmou, rematando: “Há gente, há ideias, há vontade de trabalhar, há uma grande força transformadora. Vai haver futuro!”.
Estiveram ainda presentes a presidente da Assembleia Municipal de Loures, Fernanda Santos, os vereadores da Câmara Municipal, Paulo Piteira, António Pombinho, Maria Eugénia Coelho, Tiago Matias, Nuno Botelho e Sónia Paixão, os presidentes da União de Freguesias de Camarate, Unhos  e Apelação, União de Freguesias de Santa Iria de Azóia, São João da Talha e Bobadela, da Junta de  Freguesia de Loures e representantes das forças vivas do concelho.

Intervenção do presidente da Câmara.