O trabalho de André Gomes promove uma reflexão sobre o tempo, a memória e o artista. Quando chega o momento do ato artístico, as imagens sofrem uma reconstrução e estabilizam-se sob a forma de uma 'última imagem', que só provisoriamente culmina o processo. Cada obra fecha e abre um ciclo de imagens, como que, de um filme do mundo, sob o crivo do pensamento artístico.

Os desenhos exibem uma escala de grandes dimensões e um registo agressivo, demonstrando a forma como as coisas são indefinidas na nossa mente. As obras assumem, assim, um tom nostálgico, onde as personagens das cenas vagueiam algures entre a vida e a morte, a luz e a sombra, o preto e o branco. É através da intenção do artista que lhes é dado esse novo lugar: a obra de arte.

A exposição estará patente até dia 14 de janeiro de 2017.

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