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Território

 

Riscos | RISCOS DE EROSÃO

Instabilidade de Vertentes

As condições naturais (estrutura geológica, litologia, geomorfologia, clima) do concelho são particularmente favoráveis ao desenvolvimento de movimentos de massa nas vertentes, os quais têm sido estudados, de forma intensiva nos últimos 30 anos.

No território de Loures foram identificados movimentos de desabamento, deslizamento e escoada. Os deslizamentos são os mais frequentes, sendo também responsáveis pelas principais perdas, nomeadamente a destruição de edificado e de vias de comunicação. Os desabamentos apenas ocorrem em vertentes muito declivosas, quase sempre associadas aos afloramentos de calcários do Cretácico superior. As escoadas são movimentos relativamente raros.

A carta de movimentos de massas de vertentes define as áreas com predisposição para a ocorrência de movimentos de massa baseada no estudo de um conjunto de parâmetros.

Instabilidade de vertentes

A suscetibilidade à instabilidade das vertentes é mais elevada na parte norte do concelho e nas freguesias que abrangem o talude militar. A parte central do concelho caracteriza-se por uma suscetibilidade elevada. As freguesias da zona sul apresentam uma suscetibilidade reduzida ou muito reduzida, com exceção da área da antiga freguesia de S. João da Talha, influenciada pela presença da vertente oriental do vale em garganta do Rio Trancão.

As áreas que apresentam maiores problemas de instabilidade são:

-O vale do rio Trancão, entre a quinta da Abelheira e Bucelas;

-O vale da ribeira de Fanhões, a montante de Pintéus;

-O vale da ribeira de Pinheiro de Loures, a montante de À-dos-Cãos;

-O vale da ribeira de Camarões, a montante de À-dos-Calvos;

-Os vales do rio de Loures e do rio de Lousa, entre Guerreiros e Ponte de Lousa e na área de Lousa – Salemas;

-Os vales do rio Pequeno e da ribeira do Boição, a norte de Bucelas;

-A frente da costeira de Odivelas – Vialonga, entre Frielas e Unhos, adjacente ao Talude Militar;

-A frente da costeira de Lousa – Bucelas, em toda a extensão da vertente.

A gestão equilibrada do risco passa por conhecer a instabilidade geomorfológica, e a predisposição do território para a ocorrência de movimentos de vertentes e ainda por prevenir intervenções antrópicas desajustadas, como a abertura de taludes mal dimensionados em vertentes potencialmente instáveis e a criação de aterros não compactados e mal drenados.

Erosão Hídrica do Solo

O solo é um sistema dinâmico de formação muito lenta, sendo considerado um recurso não renovável à escala de vida humana. As áreas de elevado risco de erosão hídrica do solo são as áreas que, devido às suas características de solo e de declive estão sujeitas à perda excessiva de solo por ação do escoamento superficial da água das chuvas.

Quando o solo se encontra revestido, em situação de precipitação a vegetação promove a sua fixação, o incremento da infiltração e a redução da escorrência superficial. Pelo contrário, um solo de encosta despido de vegetação fica exposto à ação direta da chuva, ao aumento do escoamento superficial, originando um processo de erosão acelerada e de deposição de sedimentos nos vales, constituindo estrangulamentos à drenagem natural com as consequentes inundações. A degradação do solo por erosão tem como consequência a redução ou perda da produtividade biológica ou económica da terra, culminando na sua desertificação.

Erosão hídrica do solo

O concelho de Loures compreende extensas áreas com elevado risco de erosão hídrica do solo, correspondendo de cerca de 30% da sua área. A preservação destes solos visa, essencialmente, três objetivos:

-conservar e gerir um dos recursos naturais mais importantes do País;

- manter o equilíbrio dos processos morfogenéticos e pedogenéticos;

-contribuir para a regulação do ciclo hidrológico, promovendo a infiltração em detrimento do escoamento superficial.

Para a proteção do solo contra a erosão e o incremento da infiltração das águas pluviais deve ser garantido o revestimento do solo com vegetação natural, devendo a atividade agrícola garantir práticas corretas de conservação do solo, de infiltração da água e de recuperação dos solos degradados.



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